*Texto para o curso de Pedagogia, UNIP. Trabalho em Grupo*
“A lição sabemos de cor,
Só nos resta aprender”
Sol de
Primavera, Beto Guedes/ Ronaldo Bastos.
Quando
paramos para observar como o mundo esta em nossos dias, percebemos o grande
aumento da violência, da falta de valores, de respeito, de cidadania e de amor
ao próximo.
Ao
andarmos em transporte publico, vemos muitos jovens fingirem dormir quando uma
gravida ou um senhor ou senhora de idade entra no ônibus ou metro. Muitos casos
de violência contra professores, agressões, desrespeito, agressões entre os
próprios alunos.
A
infância, em nossos dias passou a ser idolatrada, tanto que não podemos frustrar
nossos reizinhos e princesinhas de casa.
Uma
cena comum na vida de muitos professores, seja ele o nível que for, é pais
dizendo não saber mais o que fazer com seus filhos, muitas vezes, falam isso de
crianças que mal completaram sete anos.
Como
trabalhar para estabelecer os valores necessários de uma sociedade, quando esta
está doente?
Como
esperar que a escola, crie ações que incentive o respeito e o amor fraterno
entre alunos e professores, quando eles não têm esses valores em casa? Como
impor limites a crianças que cresceram podendo fazer tudo o que tinham vontade?
Como
diz Mario Sergio Cortella, a escola escolariza e pais educam. O grande problema
é que esta ação vem se invertendo e, além de ensinar a escola deve educar,
dando valores a crianças e adolescentes.
O
professor deixa de ser professor e passa a ser educador, terapeuta, amigo,
confidente, psicólogo e por vezes, ate medico. Além de competir com meios de
comunicação/informação desleais, como o celular e a internet. Ainda como
Cortella diz, nossa escola é do século XIX, nós, professores, do século XX e
nossos alunos do século XXI e, apesar dos avanços tecnológicos, da
acessibilidade a eles, a escola continua com o velho “GLS”, giz, lousa e
saliva. Será que um dia, essa distancia dos pensamentos de educação,
professores e alunos ira mudar?
A
identidade da família vem se perdendo dia a dia, e a escola vem assumindo
papeis que não tem condições de manter. Os conflitos de ideias, valores,
sentimentos, são cada vez maiores, e dizer que a escola é a pedra angular que
vai salvar a toda essa sociedade corrompida e doentia em que vivemos, é
utópico.
A
retomada da família na educação de seus filhos, entendendo que cada um tem uma
forma de educar, que cada sociedade elege seus valores é inicio do caminho da
reconciliação entre o ser humano e o SER HUMANO.
Ao
pensar na ideia de humanização de seres humanos, nos perguntamos como podemos
tê-la quando o professor ganha mal, tem péssimas condições de trabalho e por
muitas vezes mais de uma escola, suas salas são lotadas e os recursos mínimos,
ainda de séculos atrás. Professores desmotivados e deprimidos.
“Já choramos
muito,
Muitos se
perderam no caminho.”
Sol de
Primavera, Beto Guedes/ Ronaldo Bastos.
O consumismo aliado a propagação das
redes sociais, vem criando seres cada vez mais individualistas e
egocêntricos, perpetuando atitudes
infantis. Querem ter tudo no exato momento em que se deseja, mesmo que não
necessitem do que querem. O que vale é ostentar em suas paginas do Face book, e
outros sites, onde estão e o que estão fazendo. As palavras de ordem são
ostentação e recalque, como se o mundo tivesse de ter inveja daquilo que se
tem.
Em nossa sociedade, TER e maior que
SER. Não importa o caminho que percorremos para conquistar algo, o que importa
é o momento de falar para todos que temos.
O “eu tenho, você não tem” frase de um menino em um comercial dos anos
90, parece ser a ordem da vida em nossos dias. Frente a isso a escola assume a
missão de educar pessoas, dando a elas os valores necessários para a
convivência em sociedade, buscando meios de ensinar respeito, solidariedade,
empatia, mesmo que suas próprias necessidades sejam negligenciadas por
governos, por pais e pela mídia.
Mesmo assim não
custa inventar
Uma nova canção
Que venha trazer
Sol de
primavera”
Mario Sergio
Cortela- EDUCAÇÂO X ESCOLARIZAÇÂO
Comercial da
tesoura da mundial, “eu tenho, você não tem”
Sol de
Primavera, Beto Guedes
Colaboração: Glória, Sueli, Shirlei, Lucilene